sábado, 23 de fevereiro de 2013

Mudamos o Cabeçalho de nosso Blog, com uma frase do Dr Vítor Hugo




"Ao longo de 25 anos, a Embrapa vem oferecendo diversas soluções tecnológicas, para a cajucultura, que vai do campo à indústria. Muitas dessas soluções já existem há anos, mas não foram adotadas a tempo de evitar a atual situação, em que precisam importar castanha da África para abastecer a indústria instalada na terra do cajueiro anão precoce"

Assinado: Dr. Vítor Hugo - Chefe Geral da EMBRAPA Agroindústria Tropical

"A atividade da cajucultura retrocede!'


22/02/2013 22h41


"Fruticultura ou silvicultura"?
"Para semear pomares é necessário investir em tecnologia, correção de solos, combate de pragas".
"Para se entender a crise por que passa a cajucultura no Ceará é preciso distinguir pomares de florestas. Boa parte da produção do Estado ainda é proveniente dos cajueiros gigantes plantados nos anos 1970 para reflorestamento. Essas plantações, hoje com baixa produtividade, receberam pouco ou quase nenhum manejo ou trato cultural. São florestas de caju que sustentam uma atividade extrativista.
É um erro esperar das florestas o retorno que a fruticultura pode gerar, sobretudo quando a equação envolve solos pobres e irregularidade de chuvas. Para semear pomares é necessário investir em tecnologia, correção de solos, manejo correto, combate e prevenção de pragas e doenças. 
Ao longo de 25 anos, a Embrapa Agroindústria Tropical - antigo Centro de Pesquisa do Caju - vem oferecendo ao setor agroindustrial diversas soluções tecnológicas. Para a cajucultura, apresenta um portfolio que vai do campo à indústria, envolvendo melhoramento genético, controle de pragas e doenças, manejo, pós-colheita, industrialização e aproveitamento de resíduos. 
São 12 cultivares de cajueiro com maior produtividade, melhor qualidade do pedúnculo e da castanha. Por meio de tecnologia pós-colheita foi possível aumentar a vida útil do pedúnculo de dois para 20 dias, viabilizando o transporte e a comercialização do caju de mesa entre diferentes regiões. O pedúnculo pôde ser transformado em diversos produtos, alguns altamente inovadores, como o corante amarelo de caju, que oferece ao mercado um substituto saudável para corantes sintéticos rejeitados em virtude de possíveis danos provocados à saúde.

Todo este pacote de tecnologias está disponível à sociedade e ao mercado. Muitas dessas soluções já existem há anos, mas não foram adotadas a tempo de evitar a atual situação, em que os industriais cearenses precisam importar castanha da África para abastecer a indústria instalada na terra do cajueiro anão precoce.


Para tentar reverter à crise, as políticas públicas vigentes no Estado apostam na substituição de copas e na distribuição de mudas. É importante, mas não é o suficiente. A pré-safra do cajueiro se aproxima e velhos problemas devem se repetir. A praga do oídio vem há dois anos evoluindo sem que as medidas de controle recomendadas pela pesquisa sejam aplicadas. A produtividade continua decrescendo. É necessário fazer mais.
A Embrapa continua buscando soluções para novos problemas que se apresentam. Contudo, de nada adianta o investimento em pesquisa se não houver adoção de tecnologias e mudança de paradigmas para evoluirmos do extrativismo e da silvicultura para o agronegócio pleno." 
Registramos que essa situação também se aplica ao setor da cajucultura do Estado do Rio Grande do Norte, já que a cadeia produtiva do caju potiguar regride a cada ano. 

Fonte: Portal Mercado Aberto (Clique Aqui!)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Fruticultor Wagner Jucá, aponta o caminho


Parabéns pela capacidade de síntese e coerência !


O fruticultor Wagner Jucá, aponta o caminho





Nos últimos anos a citricultura em São Paulo reduziu sua área de 600.000 ha para 500.00 ha, perdendo 1000.000 ha de área plantada.

Esta perda deveu-se a doenças e pragas de difícil e caro combate, sendo que em determinados casos o próprio Governo Estadual, por força de Lei, obrigasse sua erradicação. Outros fatos que contribuíram foi a redução de consumo internacional, formação de estoques e consequente queda nos preços.

O algodão, nos últimos anos, teve perda de área de 30% nos principais Estados produtores, principalmente em Mato Grosso e Bahia. O motivo foi simplesmente excesso de estoque no mercado interno e externo e queda no valor de comercialização.

O Estado do Ceará no final da década de 80 perdeu 100% de sua área de algodão devida a praga do bicudo, dizimando uma área aproximada de 300.000 ha de algodão mocó de fibra longa que gerava emprego e renda em praticamente todas as regiões do Estado. Esta atividade dava suporte a pecuária extensiva fornecendo rama e resíduo para sua alimentação.

As diferenças:

Em São Paulo os 100.000 ha perdidos foram imediatamente substituídos por outras culturas, principalmente a cana de açúcar. No caso do algodão em Mato Grosso e na Bahia entre outros Estados a cultura foi trocada por soja e milho, que no momento estão com maior liquidez e rentabilidade no mercado.

No Ceará, já se passaram 30 anos e até hoje não se conseguiu substituir a cultura de algodão por outra. Foi uma perda que dizimou 300.000 ha de agricultura e parque Fabril presente em todas as regiões, gerando um prejuízo que nunca mais foi recuperado.

Nos outros Estados quando se perde uma cultura imediatamente se planta outra, mantendo a atividade econômica e o homem no campo. No Ceará desaparece uma cultura e não se encontra uma substituta, criando um vácuo e êxodo rural.

Agora estamos passivamente assistindo a morte dos nossos Cajueirais, que representam 400.000 ha de área plantada e que é a única cultura no mundo que ano a ano perde sua produtividade se transformando em uma atividade extrativista com baixíssima renda para seus proprietários, grandes, médios e pequenos.
Mas de cem mil empregos serão extintos no campo. Para se ter uma ideia desta degradação desta cultura, das 32 industrias de beneficiamento de amêndoas que existiam só restam funcionando 4 ou 5, mesmo assim com grande ociosidade e com parte da matéria prima importada da África.

Então temos desemprego no campo e na cidade no setor industrial. Para criar uma renda extra, os produtores vendiam a poda para as cerâmicas e padarias, hoje já estão vendendo o próprio cajueiro, comprometendo as futuras safras.

Acreditamos que com a criação da subcomissão de caju Cultura da Assembleia Estadual do Ceará, cujo presidente é o Deputado Manoel Duca e a criação da ASCAJU – ASSOCIAÇÃO DOS CAJUCULTORES DO CEARÁ, sob a presidência do agrônomo Francisco José de Souza ( Franzé) possa reverter esta situação com objetividade, metas estabelecidas, com a presença indispensável da Federação da Agricultura sob a liderança do agrônomo Flavio Saboia e a indispensável participação do Governo Estadual que hoje contempla o declínio desta cultura. Temos que retornar ao produtor a geração de renda através da domesticação da cultura do cajueiro que poderá produzir em qualquer época do ano como a manga, goiaba, uva e outras frutas.

Temos que perseguir altas produtividades através de análise de solo e foliar que indiquem a melhor adubação procurando atingir o potencial genético da cultura.

Temos que aproveitar o pedúnculo, que representa mais ou menos 90% do peso da produção em produtos já bastante conhecidos tais como: Sucos, Polpas, Cajuína, Mel de Caju, Doce de Caju e Doce de Castanha (canjirão) entre outros. Temos que substituir os plantios velhos, improdutivos por novos cajueirais, plantados com clones selecionados utilizando todas as técnicas agrícolas disponíveis tais como adubação, controle de pragas e doenças...
Temos que transformar uma atividade extrativista em uma que gere renda e transforme a cajucultura em um bom negocio e quando chegar a esta situação dependerá menos de apoio governamental.

Temos que tratar o cajueiro como uma cultura nobre levando-a aos perímetros públicos e privados de irrigação.

Encerramos com uma pergunta: 

Não encontramos substituto para o algodão (perdemos 300.000ha) será que encontraremos alguma cultura para substituir o cajueiro?

Autor: Wagner Jucá - Fruticultor

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Só lembrando ! Ascaju é a nova voz (faz muito tempo que é) dos produtores de caju do Ceará



Eis uma nota que saiu no dia 12/01/2011, no Blog do Diário do Nordeste, na Coluna do Egídio Serpa !


Por carta, a Associação dos Cajucultores do Estado do Ceará (Ascaju) informa e esclarece:
É ela – e não mais o Sindicato dos Produtores de Caju (Sindicaju), cuja extinção foi pedida pela Federação da Agricultura (Faec) por descumprimento regimental – a única entidade autorizada a falar pelo setor da produção cajueira.
A Ascaju já tem 170 associados produtores e seu presidente, também presidente da Câmara Setorial do Caju, é João Batista Ponte. 

Fonte: Blog Diário do Nordeste (Clique Aqui!)

ASCAJU (Entidade) quer maior produção do caju

Lideranças buscam uma retomada da economia do caju.

Da esquerda para a direita, João Batista Ponte, Rodrigo Diógenes, Francisco José de Sousa (presidente da Ascaju), Wagner Jucá e o deputado estadual Manuel Duca da Silveira

Fortaleza. Tudo se aproveita e nada se perde. Essas são as vantagens há tempos sentidas pelos produtores de caju, mas que ainda se ressentem das grandes perdas do pedúnculo. Agora, a ideia não é apenas fazer o aproveitamento correto de todo o produto do cajueiro, como também ampliar os recursos para adubação e novo reflorestamento no Ceará.

Essas são as metas da nova diretoria da Associação dos Cajucultores do Estado do Ceará (Ascaju), que tomou posse em dezembro passado.

O presidente Francisco José de Souza disse que o compromisso maior é privilegiar iniciativas que venham a destacar a cajucultura na economia cearense. Dentre as medidas criativas está a concepção de uma máquina que produz o melado a partir do pedúnculo. A iniciativa partiu do produtor Wagner Jucá e vem sendo desenvolvida no município de Barreira, a 75 quilômetros de Fortaleza.

"A castanha tem 100% de aproveitamento, enquanto o pedúnculo é 92% desperdiçado. Ou seja o desperdício é total", diz Wagner Jucá, cuja ideia acabou sendo apoiada pela nova diretoria da Ascaju.

Wagner lembra que a máquina tem um baixo custo e é de fundamental importância para alavancar a economia de pequenos e médios produtores. Com isso, garante que haveria um ganho imediato para as comunidades do Litoral Oeste, que são as mais desprovidas de uma indústria de beneficiamento do suco.

"É indiscutível os ganhos econômicos com a fabricação do melado", afirma Wagner. Com 2,5 quilos se pode produzir 250 ml de melado, com preços de mercado em torno de R$ 5,00.

Integração
Para Francisco José de Sousa essa é uma das boas alternativas para incrementar a economia. Ele explica que a nova diretoria da Ascaju vai se empenhar numa maior integração dos cajucultores cearenses, especialmente nas localidades Aracati, Itapipoca, Camocim, Pacajus e Cariri.

Francisco José observa que há muitos desafios a vencer. Uma delas é a reposição da floresta. A que predomina no Ceará detém uma produção obsoleta, o que requer uma mudança por espécimes de cajueiro anão. A implantação é considerada uma prioridade para mudar o perfil das copas e reduzir a idade de produção dos pomares.

Além disso, a entidade também se empenhará pela produção irrigada e a fertilização dos solos, especialmente em regiões com solos pobres e com uma cultura bastante vinculada com o caju. Ele diz que essas tecnologias não são caras e são de vital importância para o crescimento do setor no Ceará.

"Os pomares velhos têm que ser substituídos e a castanha deverá retomar o valor de mercado que havia há alguns anos", disse o presidente da Ascaju, que faz parte da câmara setorial da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec).

A substituição se daria de forma racional e não traria danos ambientais, já que a madeira do cajueiro não tem uma proteção especial pelo Ibama.

Só no Estado do Ceará, são desperdiçados 1,3 bilhões de cajus por ano. Os produtores retiram a castanha e jogam no lixo a outra parte da fruta.

Com a máquina criada Wagner Jucá diz que o suco do caju é extraído para a fabricação de um mel e a polpa é triturada.

Cultivo
O caju é cultivado em aproximadamente 700 mil hectares distribuídos nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Maranhão e Bahia, proporcionando uma safra anual de castanhas de caju em torno de 320 mil toneladas. A castanha de caju "in natura" é a matéria-prima utilizada pela indústria de processamento, que dela obtém a amêndoa de castanha de caju (ACC), e extrai o líquido da casca da castanha (LCC), produtos destinados à exportação. Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar na produção mundial.

Mais informações:
Comunidade Uruá
Barreira-Ceará
(a 75 quilômetros de Fortaleza)
Contato: Wagner Jucá
Telefone: (85) 9981.6847 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A criatividade e o amor a cultura do caju é demonstrada no Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte


Os outros estados produtores de castanha de caju, estão fazendo o dever de casa quando o assunto é amor a Cultura do Caju, e alguém diria: "Mas nós temos o Caju Nordeste", e nós dizemos o Caju Nordeste é de todos, precisamos criar algo para nosso estado, mas o que ? 

Eu tenho uma idéia, se quiser saber entre em contato conosco, pois a idéia passará a ser nossa e não só do Blog

Vejam!

No Piauí




Na Bahia



No Rio Grande do Norte

Quem que apostar ? Ele vai se chamar CAJULINO

Torcedor pode escolher nome do mascote do Campeonato Potiguar



'Caju' será batizado oficialmente na sexta-feira. Cajubola, Cajulino e Cajugol são as opções da votação que está sendo realizada no site da FNF





A Federação Norte-rio-grandense de Futebol promove votação para escolher o nome do mascote do Campeonato Potiguar 2013, que será um caju, símbolo desenvolvido pelo chargista Brum. As opções são: Cajubola, Cajulino e Cajugol.
Os internautas podem votar pelo site oficial da FNF (www.fnf.org.br), até as 18h de quinta-feira. O presidente da FNF, José Vanildo, vai anunciar o nome mais votado na sexta-feira, durante entrevista coletiva, às 11h, na sede da entidade.
Fonte: Globo Esporte (Clique Aqui!)