O Cajucultor caminha a passos largos para a FALÊNCIA
ALERTA:
ENQUANTO NÓS PRODUTORES, AGRICULTORES FAMILIARES, TRABALHADORES RURAIS OU QUALQUER NOMENCLATURA QUE VENHA A SER CRIADA NÃO NOS UNIRMOS, SEREMOS MANIPULADOS E AVILTADOS EM NOSSO TRABALHO
NÃO PRODUZIMOS O MESMO PRODUTO ? NÃO SOMOS TODOS CAJUCULTORES ? NESTE MOMENTO AS IDEOLOGIAS DEVEM SER DEIXADAS DE LADO, POIS ENQUANTO NÓS ESTAMOS DISCUTINDO O PRODUTOR ESTÁ QUASE PASSANDO FOME...
EXEMPLO 1: Agricultor Familiar
UM AGRICULTOR FAMILIAR OU TRABALHADOR RURAL QUE TEM 10 HECTARES DE CAJUEIRO, TEM VIABILIDADE ECONÔMICA (LUCRO)?
10 hectares X 98 (noventa e oito) quilos de castanha Isto mesmo, 98 quilos em 2010, quem diz isso, não sou eu mas o IBGE
Vamos lá:
98 quilos X 10 Hectares = 980 (novecentos e oitenta) quilos
980 quilos X R$ 1,20 = R$ 1.176 (mil cento e setenta e seis) reais
R$ 1.176 / 12 (meses) = R$ 98,00 (noventa e oito) reais
Vamos ser coerentes, dá para uma pessoa viver com R$ 98,00 por mês ?
Pôxa ! Este número é Emblemático, igual a produtividade por Hectare
Ei ! Tem alguém vendo isso ???
Vejam só ! É o pessoal da Agricultura Familiar, que não paga mão de obra, mas deve ser pago com o seu trabalho, ou não ? É para este GRANDE colaborador da agropecuária brasileira trabalhar de graça ?
Para refletir:
Se nesta família tiver apenas 2 pessoas trabalhando, veja o tamanho do prejuízo...
R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais) X 12 = R$ 6.540 (seis mil, quinhentos e quarenta reais)
Mas espera aí, é multiplicado por dois, não são dois trabalhadores ?
Então ! 6.540,00 X 2 + R$ 13.080,00 (treze mil e oitenta reais)
R$ 13.080,00 - R$ 1.176,00 = R$ 11.904,00 (Onze mil, novecentos e quatro reais) de Prejuízo
Conclusão:
a) Um Trabalhador rural ou Agricultor Rural que tem R$ 11.904,00 de prejuízo no ano, como está sobrevivendo ? Ou melhor SUB-VIVENDO ? (Nada pejorativo, viu meus colegas, pois estamos no mesmo barco)
DÁ PRÁ AGUENTAR ?
UM PRODUTOR RURAL QUE TEM 2.000 HECTARES DE CAJUEIRO, TEM VIABILIDADE ECONÔMICA (LUCRO)?
Quem tem 2.000 (duas mil) hectares e tem que 50, 60 ou 70 trabalhadores, quando tem ! Porque, "pense em um negócio difícil, arranjar trabalhador para apanhar castanha !"
Mas vamos lá !
Salário mínimo no campo R$ 545,00
Custo (aproximado) da castanha de caju no médio produtor
Colheita R$ 0,30 9pode chegar até a metade do preço da castanha)
Transporte de ônibus R$ 0,10
Comissão do capataz R$ 0,05
Custo da gradagem R$ 1,42
Administração da fazenda R$ 0,16
Pró-labore R$ 0,09
Custo da castanha (aproximado) R$ 2,12
Composição do transporte
38 pessoas x 60 quilos (média de apanha por trabalhador, por dia) = 2.280
Frete do Ônibus = 250,00 (por dia) * 250,00 / 2.280 = R$ 0,10
Custo da Gradagem
* Produção média por hectare 98 kilos
2 Horas de gradagem por hectare R$ 140,00
R$ 140,00 / 98 = R$ 1,42 para se colher 1 (um) quilo
Administração da Fazenda
Produção da fazenda - 196.000 quilos
Gerente R$ 1.200,00
Morador R$ 545,00
Energia R$ 48,00
Transporte do gerente R$ 900,00
Total = R$ 2.693,00 x 12 = R$ 32.316,00
R$ 32.316 / 196.000 = 0,16
Pró-labore
R$ 2.000,00 x 12 = 24.000,00
24.000,00 / 250.000 = R$ 0,09
Conclusão:
a) Se para produzir um quilo de castanha eu gasto R$ 2,12 (dois reais e doze centavos) e o preço que recebo é R$ 1,30 (um real e trinta centavos), então eu tenho um prejuízo de R$ 0,82 (oitenta e dois centavos) por quilo
Então:
2.000 hectares x 98 quilos = 196.000 quilos
196.000 quilos X R$ 0,82 = R$ 160.720 (cento e sessenta e seis mil, setecentos e vinte) reais
PASMEM ! R$ 160.720,00 (cento e sessenta e seis mil, setecentos e vinte) reais
DE PREJUÍZO, NÃO É DE LUCRO NÃO, PARA ONDE É TRANSFERIDO O DINHEIRO QUE EU DEVERIA GANHAR ?
DÁ PARA AGUENTAR ?
A solução não seria esta aí em baixo ?
Tocar fogo e mudar de ramo ? Plantar outra coisa ?
Vai dá para resolver o problema da Cajucultura ????
Aqui temos notícias e ações da Cajucultura Nacional, com ênfase no Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, que juntos, respondem por 96% da produção nacional. Estamos unidos para enfrentarmos as dificuldades da nossa atividade e juntos, buscar soluções que venham a ajudar a todos, sem exceção, trocando experiências e agindo junto ao poder público para fazer valer nossos direitos. // Correspondente CE: Normando Soares // Correspondente RN: Elano Ferreira // Correspondente do PI:
domingo, 20 de novembro de 2011
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